Regresso

Selecione a sua região

Corporate

Nós Ligamos

Pedido de contacto

Vale a pena guardar as células estaminais do segundo filho?

23.09.2013

2 minutos de leitura

Quando chega a segunda gravidez, a maioria dos pais que optou por criopreservar a amostra de sangue do cordão umbilical (SCU) do primeiro filho, pondera se será necessário guardar também a amostra do segundo. É importante que os pais saibam que a nova amostra de SCU poderá ser útil quer para o próprio quer para um irmão desta criança. São vários os exemplos de casos de crianças que foram transplantadas com amostras de SCU de irmãos.

O primeiro transplante de SCU foi realizado em 1988, em França, para tratar uma criança de 5 anos com Anemia de Fanconi (doença congénita causada por uma deficiência na medula óssea que impede a produção de células sanguíneas normais) com uma amostra de SCU de uma irmã compatível. O sucesso deste transplante foi tal que levou a que se estabelecessem bancos de sangue do cordão umbilical um pouco por todo o mundo. Em Portugal o primeiro transplante com SCU foi realizado em 1994, no IPO de Lisboa, para tratar uma menina de 4 anos com Leucemia Mielóide Crónica Juvenil. Também neste caso se recorreu ao uso de uma amostra de SCU que pertencia a um irmão da criança doente.

O transplante de SCU com dador familiar apresenta algumas vantagens sobre o transplante não familiar, nomeadamente o aumento da probabilidade de sobrevida e menor probabilidade de doença do enxerto contra hospedeiro, uma complicação frequente dos transplantes alogénicos (dador e doente são pessoas diferentes).

Os bancos familiares armazenam amostras de SCU dos recém nascidos permitindo às famílias ter amostras disponíveis para uso no próprio (utilização autóloga) ou em familiares compatíveis (utilização alogénica relacionada). Até hoje, a maioria das amostras de SCU libertadas por estes bancos foi usada em contexto alogénico, para tratar irmãos com doenças para as quais o tratamento com células estaminais é a opção mais adequada. Em Portugal, a primeira amostra libertada de um banco familiar (Crioestaminal) foi usada para tratar uma criança com Imunodeficiência Combinada Severa (doença em que o sistema imunitário se encontra debilitado não conseguindo combater infecções). Foi utilizada a amostra de SCU do irmão mais velho, que tinha sido criopreservada na Crioestaminal. Ao armazenar a amostra de todos os descendentes é possível maximizar o potencial de utilização das amostras de SCU entre os irmãos, e desta forma ter mais opções disponíveis, em caso de necessidade.

Veja também