De acordo com a Academia Americana de Dermatologia, o tipo mais comum de ausência de cabelo, ou alopecia, é a perda de cabelo hereditária que afeta cerca de 80 milhões de homens e mulheres nos EUA. Atualmente os tratamentos para a perda de cabelo hereditária, também conhecida como calvície, incluem o recurso a transplantes de cabelo, uso de certos medicamentos, ou de equipamentos laser capazes de estimular o crescimento do cabelo, entre outros. Segundo um estudo recente, publicado na revista Nature Communications, foram pela primeira vez utilizadas células estaminais epiteliais humanas para regenerar folículos pilosos em ratinhos. Os investigadores adicionaram três genes a células epiteliais humanas, conhecidas como fibroblastos dérmicos, convertendo-as eficazmente em células estaminais pluripotentes induzidas (iPSCs), a partir das quais é possível obter qualquer tipo de célula do corpo humano. As iPSCs foram depois convertidas em células estaminais epiteliais (EPSCS). As EPSCS recém convertidas, misturadas com outras células e implantadas em ratinhos, para além de produzirem uma camada exterior de pele e folículos, que eram semelhantes aos folículos pilosos humanos, foram capazes de criar fios de cabelo. O Dr Xu, um dos investigadores deste estudo, acrescentou que a aplicação destas células estaminais não se encontra limitada à regeneração de cabelo, podendo também ser utilizadas noutros contextos, incluindo cosmetologia e tratamento de feridas. No entanto, o mesmo investigador admitiu que é necessário mais investigação nesta área antes de a técnica poder ser aplicada em humanos.
Referência: Generation of folliculogenic human epithelial stem cells from induced pluripotent stem cells. Yang R, Zheng Y, Xu X. Nature Communications. 2014.