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Bancos Familiares e Bancos Públicos de Sangue do Cordão Umbilical – Porque faz sentido a sua coexistência

12.08.2013

2 minutos de leitura

A coexistência de bancos públicos e familiares de armazenamento das células estaminais do sangue do cordão umbilical (SCU), colhidas no momento do parto, é uma realidade na maioria dos países desenvolvidos, onde estas duas estruturas se complementam.

Quando se opta por fazer a criopreservação das células estaminais é importante perceber as diferenças entre bancos públicos e familiares. Nos bancos familiares são armazenadas amostras de SCU para uso no próprio (utilização autóloga) ou em familiares compatíveis (utilização alogénica relacionada), enquanto nos bancos públicos são guardadas amostras de SCU, doadas pelos pais, para serem utilizadas em transplantes alogénicos compatíveis, não relacionados (dador e recetor não têm laços de parentesco).

A opção entre um transplante autólogo ou alogénico depende essencialmente da doença em causa. Em casos como linfomas e tumores sólidos, recorre-se geralmente às células estaminais do próprio doente mas em casos de leucemias ou doenças metabólicas opta-se pela utilização de células de um dador compatível, preferencialmente familiar, pois aumenta a probabilidade de sucesso do transplante. Nos bancos familiares, grande parte das amostras de SCU libertadas é para utilização entre irmãos, pois é entre irmãos que é mais fácil encontrar a compatibilidade necessária para transplante. Caso não seja possível encontrar uma amostra de SCU compatível no seio familiar, o doente poderá ter acesso a uma amostra compatível de um banco público. No que diz respeito aos custos, os bancos familiares cobram aos pais pela contratação do serviço de criopreservação por um período de tempo determinado.

O serviço prestado pelo banco público é suportado por fundos públicos, não sendo cobrado qualquer valor aos pais que optam por doar o SCU dos seus filhos. Nos bancos públicos, as amostras de SCU não ficam reservadas nem para a criança, nem para a sua família e destinam-se a ser usadas em quem quer que delas necessite. As amostras que não cumpram os requisitos impostos pelos bancos públicos podem ser descartadas ou doadas para investigação. Para além disso, nos bancos públicos é apenas possível armazenar um número limitado de amostras, sendo criopreservadas amostras representativas das características da população a que se destinam.

A coexistência de bancos públicos e familiares é importante pois permite responder a necessidades diferentes.

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