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Tratamentos com células estaminais mesenquimais diminui sintomas de crianças com epidermólise bulhosa distrófica recessiva

29.06.2015

2 minutos de leitura

Um ensaio clínico com células estaminais mesenquimais de medula óssea demonstrou resultados promissores em doentes com epidermólise bulhosa distrófica recessiva.

A epidermólise bulhosa é uma doença genética rara, sem cura, caracterizada pelo aparecimento de bolhas e feridas na pele ou mucosas. Estas lesões são originadas por uma alteração na síntese de proteínas que unem as camadas da pele. Sem essa proteína as camadas da pele separam-se muito facilmente, sob qualquer pressão ou atrito, ou mesmo espontaneamente. A epidermólise bulhosa distrófica recessiva é uma das formas mais graves da doença, afetando todo o corpo (pele e mucosas). Os principais sintomas são o aparecimento de bolhas e feridas que provocam dor. A formação repetida de feridas, seguida de cicatrização, provoca o aparecimento de tecido fibroso que provoca deformações (nomeadamente ao nível das articulações) ou dificuldades na ingestão de sólidos (levando à subnutrição e consequente atraso no crescimento). Outra complicação associada a esta doença é o risco aumentado de desenvolver carcinoma da pele. A qualidade de vida destes doentes é muito reduzida, sendo necessário um acompanhamento contínuo.

Foram recentemente publicados, na revista Journal of Investigative Dermatology, os resultados de um ensaio clínico de fase 1/2 com o objetivo de testar a segurança da infusão de células estaminais em doentes com epidermólise bulhosa distrófica recessiva, e de determinar se o tratamento poderia contribuir para diminuir os sintomas da doença e melhorar a qualidade de vida destes doentes. Neste ensaio, foram tratadas 10 crianças com a doença. Estas receberam 3 infusões intravenosas de células mesenquimais de medula óssea alogénica (proveniente de um dador) durante um mês (aos 0, 7 e 28 dias), tendo estas crianças sido acompanhadas durante um ano após este tratamento.

Os investigadores demonstraram que o tratamento não teve efeitos adversos graves, sendo bem tolerado pelos doentes. Observaram também uma diminuição da dor e dos sintomas da doença nas crianças tratadas. Os pais das crianças referiram que as feridas cicatrizavam mais depressa e que a pele apresentava menos bolhas e menos vermelhidão.

Os resultados são promissores, demonstrando que a infusão de células estaminais mesenquimais é segura, fornece alívio das dores e reduz a gravidade dos sintomas da epidermólise bulhosa distrófica recessiva, melhorando a qualidade de vida destes doentes. No entanto, os autores referem que serão necessários mais estudos para confirmar a eficácia do tratamento, perceber de que forma este atua e estabelecer a dose de células ótima para tratar estes doentes.

Fonte:

http://www.stemcellsportal.com/stem-cell-infusions-help-children-inherited-skin-blistering-0

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